domingo, 26 de junho de 2011

Eu, certamente... (ou: negociando com o medo)


ÂNGELA - Eu gosto de escadarias
(Clarice Lispector - Um sopro de vida)




20 de junho, primeiras horas:

Uma de mim - Já fui tantas de mim. Quero ser algumas outras vezes. E outras que ainda não me conheço. Com medo, no impulso, de uma vez só. E devagarinho.

20 de junho, depois que tudo passou:

A mesma de mim, mas um pouquinho diferente - Que bom que eu estou aqui.

Hoje, entre meio-dia e uma e meia da tarde (O tempo das palavras pensadas é um segundo. O tempo das palavras escritas é um mistério):

Outra de mim, que tenta sempre colocar os meus pés no chão (mas que nem sempre consegue) - Como eu sou melodramática.


Eu, me explicando para a outra de mim - É que o medo de tudo acabar de uma hora para outra me deixa apavorada.

Eu, mas já outra, embora ainda a mesma - Mas passou e agora posso continuar com as ilusões das minhas certezas, porque algumas certezas vão acontecer mesmo! Que delícia de ansiedade louca.

Eu, com certeza ((?) Odeio este ponto de interrogação) - Eu serei tantas, algumas, outras... Tem uma que eu quero ser mais! Quantas vezes eu puder...


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