segunda-feira, 23 de março de 2009

Rapunzel, Joana D’Arc e Jan(i)e Jones


Sempre quis ter os cabelos longos. Ah, se eu tivesse as compridas madeixas de fogo daquela menina de Cem anos de Solidão...

Ainda moleca, invejava os esvoaçantes cabelos das heroínas das gravuras dos contos de fada. Como queria que a cabeleira chegasse aos pés: "Rapunzel! Jogue as tranças!"...

Gostava de desenhar mil versões de princesas, sempre com os cabelos enormes que desejava ter.

visual princesa encantada da floresta...



Anos depois, numa onda meio punk, meus desenhos começaram a incluir personagens de cabelos curtinhos também.



visual punk rock...


Por duas ou três vezes consegui deixar as madeixas chegarem até quase a cintura. Um dia, como num surto, decidi passar de Rapunzel à Joana D’arc. Na verdade, nunca levei o movimento punk muito a sério, só tinha vontade de ser louca, então descontei no cabeleireiro.

Out of my mind on Saturday night
1970 rolling in sight…




Choque coletivo da família e dos amigos. Com exceção de um inconformado ou outro, a maioria aprovou o novo visual.

Mas ainda hoje, tenho vontade de voltar ser Rapunzel... Ou então imitar a Natalie Portman no papel da stripper Alice (ou Jane Jones!), com suas perucas de estilos e cores variadas. Seria divertido poder mudar o visual conforme der na telha.


Lingüista de fachada e stripper descabelada? Quem sabe em breve, quando meus recursos forem menos escassos. Por enquanto, sou apenas uma escritora desvairada mesmo...

(Jane Jones é quase Janie Jones, como na música do The Clash. Não consigo desvincular um nome de outro).




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